Funcionários do PS e Maternidade de Embu protestam contra atraso de salário
sexta-feira, 14 de setembro de 2012Funcionários do Pronto Socorro e Maternidade central da cidade de Embu das Artes realizaram uma intensa manifestação na tarde da última terça-feira, dia 11. Eles afirmaram que a manifestação diz respeito ao atraso de salário que já dura um mês e dez dias, devido a mudança de empresa que administra a unidade de saúde, que aconteceu desde o dia 31 de julho. A paralisação, segundo eles, só vai acabar quando receberem seus salários.
Os manifestantes cobraram também melhores condições de trabalho, pois de acordo com eles faltam remédios, material de limpeza, fraldas, absorventes, comida para os pacientes e até oxigênio utilizado para transportar pacientes na incubadora. Segundo a comunidade, o PS sofre ainda sem médicos e com a demora para marcar consulta.
Eles também questionavam qual a empresa de fato que é a responsável pelo pagamento do salário deles, uma vez, que o Cejam não é mais a administradora da unidade e sim a Vida Assessoria. “Uma empresa joga o problema para a outra e enquanto isso ficamos sem salário. Eles não tem consideração pela gente”, afirmaram os funcionários.
Em reunião com a secretária de saúde, Sandra Magali e finanças, secretário Fernando Amâncio os funcionários travaram um embate com a prefeitura e cobraram explicações, além de acusarem que a saúde está péssima. Eles também souberam que é do Cejam a responsabilidade do pagamento dos salários deles. “O processo de mudança não é algo simples. Mas vocês são funcionários do Cejam e precisam cobrar o pagamento deles”, afirmou Amâncio.
Sandra Magali, por sua vez, pontuou que precisou rever o contrato com o Cejam, reduzir os gastos e otimizar os recursos. “Tem que acontecer uma negociação para receber. E se não resolver, os funcionários tem direito de entrarem na justiça, pois no contrato está claro que é de responsabilidade deles”, disse. O Cejam, de acordo com o contrato de administração da Maternidade firmado com a Prefeitura, tem o prazo de 90 dias para pagar os funcionários, sem repasse da prefeitura.
Em relação às reclamações dos funcionários, a secretária frisou “que não é verdade e não falta nada no PS e Maternidade”. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Cejam, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno dos questionamentos.
Nota Oficial da Prefeitura de Embu das Artes
A Secretaria Municipal de Saúde apresentou a intenção de promover avanços na qualidade técnica e administrativa e otimizar os recursos públicos da Maternidade Alice de Campos Machado, mas a empresa prestadora de serviço para a Prefeitura de Embu das Artes, o CEJAM (Centro de Estudo Dr. Amorim), não concordou com as sugestões apontadas pela gestão municipal e, em comum acordo, optou por se desligar do Plano de Trabalho da Maternidade;
Para que o serviço não tivesse descontinuidade de atendimento (por se tratar de um equipamento essencial de saúde púbica), realizou-se um contrato emergencial com outra empresa;
Os funcionários que trabalharam até a data de 11/09/2012 continuam com o vínculo empregatício com a empresa CEJAM e não com a Prefeitura de Embu das Artes;
Reiteramos que, em momento algum, houve descontinuidade no atendimento a nossas gestantes e aos recém-nascidos, ocorrendo um avanço importante na qualidade desse atendimento.
Fonte: Jornal Na Net